Apresentação do romance “Entrevamento”, do escritor brasileiro Antônio Mariano

Apresentação do romance “Entrevamento”, do escritor brasileiro Antônio Mariano

Terminei há dias de ler o romance “Entrevamento”, que constitui a estreia do escritor Antônio Mariano nesse género literário. E que estreia! Antônio Mariano já nos tinha habituado a uma voz muito própria no âmbito do conto e da poesia, mas consegue surpreender-nos ao apresentar um romance de cerca de 260 páginas que se lê de ponta a ponta, com uma escrita fascinante.

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Refletindo sobre Liberdade e Democracia

Refletindo sobre Liberdade e Democracia

Todos os anos, no dia 25 de abril, Portugal comemora de forma bastante entusiástica o Dia da Liberdade, mantendo assim viva a memória daquele dia de 1974 em que o nosso país se libertou de um regime ditatorial, autoritário e opressivo. É um dos nossos feriados mais importantes e mesmo nós, os que nascemos pouco depois do fim da ditadura, continuamos hoje a dar o devido valor a essa importante conquista dos nossos pais.

Numa entrevista dada em 2012, dizia Noam Chomsky que “não aprendemos sobre a natureza dos sistemas de poder escutando a sua retórica”. Esta afirmação, feita a propósito de outros contextos, é carregada de uma reflexão profunda, que não é difícil de transpor para a nossa realidade mais próxima, no que se refere ao significado atual das palavras “Democracia” e “Liberdade”. É que, na verdade, basta usar muitas vezes palavras como estas para criar a ilusão de que vivemos num mundo em que todos somos tratados como iguais, a ilusão de que todos somos livres. Mas seremos mesmo?

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Opinando sobre a opinião

Opinando sobre a opinião

Irritam-me sobremaneira as pessoas que acham que sabem tudo, mas sobretudo essas que opinam como se detivessem conhecimento absoluto sobre um determinado assunto, quando na verdade só sabem que gostam de mostrar que sabem. Ou talvez nem isso. Ter razão é mais importante do que resolver problemas. Mesmo que a única razão seja a da vaidade de se mostrar ignorante sem que os outros se apercebam.

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No país dos poetas

No país dos poetas


À memória de
Sophia de Mello Breyner Andresen,
que completaria hoje 95 anos

Nos dias que correm, ler é considerado uma traição, um ato tão inútil quanto desrespeitador da ordem pública e dos bons costumes. Ler é um ultraje que ofende os mais elevados e nobres preceitos morais, que estipulam que há uma hora certa para começar a trabalhar, que há uma hora certa para acordar, que há uma hora certa para atender às imperiosas necessidades fisiológicas da nossa fraqueza humana, que há uma hora certa para comer, para beber, para urinar e defecar, e todas essas coisas que têm por força de ser feitas, que há uma hora certa para falar – e muitas mais horas certas para ficar calado –, uma hora certa para lavar os pratos ou varrer o chão, uma hora certa para sacudir tapetes e fazer a cama e lavar a roupa, uma hora certa para trazer à luz os filhos que hão de ser da pátria e do mundo mais do que nossos, uma hora certa para ouvir, uma hora certa para assistir a programas medíocres de televisão ou ao tédio bem disfarçado de um qualquer jogo de futebol, uma hora certa para acatar e aceitar e suportar e assimilar, uma hora certa para pagar, uma hora certa para dormir até à hora certa de acordar outra vez para repetir todas as laborações ditadas pela rotina diária das pessoas de bons costumes e de decência comprovada.

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Apresentação do livro “Sob o Amor”, do poeta Antônio Mariano

Apresentação do livro “Sob o Amor”, do poeta Antônio Mariano

Veio parar-me às mãos, estes dias, um exemplar do livro “Sob o Amor” de Antônio Mariano, poeta brasileiro com quem me cruzei virtualmente, há uns anos, num daqueles felizes acasos da vida. Ao autor, agradeço o presente que, como veremos, muito me agradou. Aos leitores, sobretudo àqueles que não gostam de perder um bom livro de poesia, tentarei aguçar o apetite com alguns apontamentos breves da minha leitura.

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Um livro meu nas redes de pirataria

Um livro meu nas redes de pirataria

No rescaldo da Semana do Livro Digital, chegou-me hoje a surpreendente notícia de que, aparentemente, um dos meus livros terá entrado no mundo da pirataria, estando já a ser copiado e distribuído em diversos sites sem autorização prévia. Trata-se do livro de poesia É preciso calar o monólogo que, por acaso, decidi recentemente disponibilizar a título gratuito em diversas plataformas digitais.

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